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Mais de 3,5 bilhões de pessoas fazem viagens aéreas em todo o mundo e o Brasil faz parte dessa estatística. Portanto vem ocorrendo um aumento das intercorrências médicas relacionadas às viagens aéreas, especialmente aquelas consideradas de longa distância. Dentre elas se destaca o tromboembolismo venoso (trombose e embolia pulmonar).

Há vários fatores de risco que podem levar à ocorrência de trombose venosa e consequente embolia pulmonar; sendo :

  • Diminuição da pressão atmosférica dentro da aeronave levando a menor oxigenação (hipóxia) .
  • Posição e local do assento durante a viagem onde especialmente os passageiros sentados ao lado da janela se levantam muito menos que aqueles que se sentam ao lado do corredor e a posição sentada lentificando o retorno de sangue nas veias dos membros inferiores  (estase venosa)
  • Desidratação que acontece pela baixa umidade do ar dentro da aeronave e consumo de bebidas alcoólicas, café e chá que atuam como estimulantes da diurese. (o viajante urina mais vezes e não ingere a quantidade suficiente de água para hidratar-se.) Tal desidratação leva ao aumento da viscosidade do sangue.
  • Duração do voo : o risco de fenômenos tromboembólicos (trombose e/ou embolia pulmonar) é muito maior em viagens acima de 6 horas
  • Uso de Anticoncepcional e Reposição hormonal  aumentam em 40vezes a chance de ocorrência de trombose em viagens de longa duração.
  • o excesso de peso (Obesidade) também tem um papel importante nos viajantes em especial aqueles sentados ao lado da janela que muitas vezes não de levantam com freqüência além de estarem mal acomodados nos espaços cada vez mais reduzidos nas aeronaves.
  • O risco de trombose aumenta em 20 vezes em paciente com antecedente de cirurgia recente
  • pacientes com neoplasias (câncer)
  • pessoas com distúrbios da coagulação (trombofilias) apresentam um risco 8 vezes maior de desenvolverem trombose quando comparados aos não portadores de trombofilias.
  • outros fatores  incluem extremos de altura e traumas com imobilizações (que limpedem a mobilidade frequente e efetiva), idade acima de 40 anos, doenças venosas crônicas avançadas, história prévia de trombose ou embolia e insuficiência cardíaca crônica.

Como  podemos nos prevenir então?

Geralmente o ar condicionado pode contribuir para melhorar a umidade do ar; aumentar a ingesta de água e sucos evitando-se bebidas alcoólicas, café e chá; atentar-se para a necessidade de se levantar e andar pelo avião bem como movimentar vigorosa e regularmente os pés; preferencialmente sentar-se ao lado do corredor; uso de meias de compressão elástica que contribuem muito para a Não ocorrência de tromboses especialmente aquelas com sintomas discretos e naqueles pacientes com indicações precisas como as trombofilias faz-se uso de medicações chamadas anticoagulantes nas horas que antecedem as longas viagens aéreas.

Entretanto cada indivíduo é único e por isso deve ser avaliado cuidadosamente pelo cirurgião vascular a fim de que receba as corretas orientações visando a profilaxia do tromboembolismo venoso (trombose e/ou embolia pulmonar).

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