Doença Vascular Venosa (das veias)
Fatores como predisposição genética, idade, ganho de peso, várias gestações, e condições ocupacionais específicas como longos períodos em pé estão relacionados ao surgimento das varizes.
Muitas vezes, podem ocorrer até alterações especificas do sistema venoso profundo sem que haja grandes varizes superficiais porem com repercussões importantes para o sistema circulatório.
Um sistema venoso circulatório saudável assegura que o sangue flua de forma ininterrupta da extremidade corporal em direção ao coração. Esse processo ocorre através do bom funcionamento das válvulas presentes dentro das veias e da contração da musculatura periférica.
Ao contrário, disfunções no sistema venoso causarão um refluxo sanguíneo e consequentemente alterações vasculares como varizes, úlceras venosas e até trombose e suas complicações.
Sensibilidade dolorosa nos membros inferiores é muito comum, sinalizando muitas vezes para comprometimentos mais significativos da circulação como Insuficiência Venosa Crônica, Trombose Venosa ou Úlceras Varicosas.
Daí a necessidade de uma consulta com o especialista, diferenciada e individualizada muitas vezes com exames complementares mesmo que aparentemente somente alguns “vasinhos” estejam presentes a fim de que seja orientado e realizado o tratamento mais indicado.
Principais Alterações Venosas
Spiders (vasinhos)
Varizes
Insuficiência venosa crônica
Trombose venosa profunda
Trombose venosa superficial (tromboflebite)
Linfedema
Na COV, estamos sempre disponíveis para lhe ajudar e lhe orientar.
Spiders (vazinhos)
Denominadas de “teleangiectasias”, essas veias de pequeno calibre (1 a 2 mm) são encontradas na superfície da pele. De coloração avermelhada ou azulada; dependendo do calibre da veia, geralmente surgem na idade do adulto jovem e podem se agravar com o tempo.
Geralmente não causam dor porém sensação de pernas cansadas, câimbras, edema e sensação de prurido ou ardor local podem surgir. Aparecem nas coxas, pernas, tornozelos, atrás dos joelhos e algumas vezes na face, tronco e braços.
Embora muitas pessoas procurem tratamento por razoes estéticas, as teleangiectasias não tratadas podem evoluir com desconforto significativo necessitando da terapia adequada.
Muito mais frequente na população feminina do que em homens, vários fatores estão relacionados ao seu aparecimento como hereditariedade, sedentarismo, alterações hormonais como gestação e menopausa.
A procura pelo tratamento move centenas de pessoas aos consultórios vasculares e por inúmeras razões. E entre os tratamentos minimamente invasivos destacam-se a Escleroterapia e o Laser trasndérmico Nd Yag 1064nm com técnica Clacs.
Através de uma abordagem individualizada e especializada, após um diagnóstico correto, o melhor tratamento lhe será proposto e cuidadosamente realizado.
Varizes
Primeiramente compreenda que o sangue flui a partir do coração através de vasos denominados artérias, levando o sangue rico em oxigênio a todo o corpo. Entretanto, é através das veias que o sangue contendo CO2, retorna aos pulmões para ser novamente oxigenado iniciando um novo ciclo.
Contra a força da gravidade, veias saudáveis providas de válvulas em seu interior, conduzem o fluxo sanguíneo numa única direção ou seja em direção ao coração contando para isso com a importante função da musculatura que através da contração e relaxamento impulsionam o sangue
Quando por vários motivos, o sangue não consegue subir, acumulando-se nas veias das pernas e pés, tornando-as dilatadas, tortuosas e alongadas denominando-se então: varizes.
Insuficiência Venosa Crônica
Após o sangue ter chegado a todos os tecidos do corpo levando oxigênio, ele necessita retornar trazendo o sangue rico em gás carbônico para ser novamente oxigenado e isso se faz através do sistema venoso (veias superficiais, profundas e comunicantes).
E é através das veias e suas válvulas que o sangue é impulsionado em um único sentido. Quando ocorre um aumento da pressão do sangue dentro das veias e que se mantém por tempo prolongado, um conjunto de alterações na pele e nos tecidos subjacentes passam a ser observados.
As causas dessa hipertensão venosa podem ocorrer devido à presença de varizes como também por obstrução de uma veia ou falha no bombeamento muscular das panturrilhas por obesidade ou alterações de mobilidade do tornozelo e até em casos mais raros como fístulas arterio- venosas.
É por esse motivo que muitos pacientes procuram o especialista a fim de se submeterem ao diagnóstico correto do problema.
Sinais e Sintomas mais frequentes da IVC:
- Sensação dolorosa e peso nas pernas
- Sensação de queimação
- Alterações de cor e textura da pele
- Edema (inchaço) especialmente tornozelos e pernas
- Varizes
- Sensação de formigamento e prurido (coceira)
- Úlceras venosas de difícil tratamento e muito dolorosas
- Trombose venosa profunda
A fim de complementar o diagnóstico da IVC, é imprescindível a realização do mapeamento ultrassom (duplex scan venoso). Baseado no exame físico do paciente e nos achados nos exames complementares será realizada a confirmação ou não da IVC e até mesmo de Trombose Venosa.
Assim será apresentado ao paciente qual o tratamento mais indicado geralmente iniciando-se com meias de compressão elástica e/ou uso de medicamentos, orientações de postura como elevação dos membros inferiores regularmente e atividade física.
Além disso tratamentos como escleroterapia, mini – flebectomia (microcirurgia de varizes), espuma densa ecoguiada, tratamentos com laser transdérmico ou ablação a laser serão indicados para cada caso.
Trombose Venosa Profunda
Quando ocorre a formação de um trombo (algo parecido com uma rolha formado por glóbulos vermelhos e outras células do sangue) dentro de uma ou mais veias profundas denomina-se Trombose Venosa Profunda (TVP).
Geralmente ocorre nos membros inferiores porem também pode se manifestar em qualquer parte do corpo, mas frequentemente da pelve para baixo.
Particularmente muito perigoso, esse trombo pode aumentar muito de tamanho, obstruindo veias maiores e/ou fragmentar-se liberando um êmbolo indo se alojar em outras veias inclusive no pulmão resultando em embolia pulmonar com falência do órgão e óbito.
O trombo formado se deve geralmente a um aumento da viscosidade sanguínea nos pacientes com uma predisposição maior para coagular o sangue (trombofilia) ou por diminuição da mobilidade ou a partir de alguma lesão na veia internamente.
Fatores que podem desencadear uma TVP:
- Traumas nos membros superiores ou inferiores;
- Mobilidade diminuída como em pessoas acamadas, pós operatórios e viagens longas;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Gestantes e usuárias de contraceptivos (anticoncepcionais);
- Idosos acima de 60 anos;
- Varizes e insuficiência venosa crônica.
O diagnóstico é feito baseado no exame clínico onde podem estar presente dor especialmente à deambulação, edema importante, endurecimento da musculatura durante a palpação, e até desconforto respiratório, tontura e alteração da pressão arterial e com exames complementares de ultrassom com excelente precisão diagnóstica.
Portanto como forma de prevenção da TVP é muito importante o uso de meias elásticas de compressão, prescritas pelo seu médico, atividade física regular e nunca permanecer em pé ou sentado por longos períodos de tempo; manter uma dieta saudável procurando manter o peso corporal compatível com sua estatura e tratar alterações venosas como varizes e insuficiência venosa crônica e até mesmo o uso de medicamentos capazes de diminuir a coagulação sanguínea especialmente em pacientes a serem submetidos a grandes cirurgias.
Caso você apresente algum desses sintomas ou presente um alto risco para TVP não hesite em procurar auxílio médico especializado.
Trombose Venosa Superficial (Tromboflebite)
Diferente da trombose venosa profunda, a tromboflebite superficial é uma condição extremamente comum onde ocorre uma trombose numa veia superficial do corpo seja membro superior ou inferior, geralmente e um processo inflamatório adjacente.
Geralmente tem uma evolução benigna e está associada a algum trauma no membro afetado, ou injeções nas veias através de agulhas e cateteres, nas varizes, e em pacientes com alterações da coagulação sanguínea.
Porém nos pacientes com TS espontânea faz-se necessário a pesquisa de alterações da coagulação (trombofilias) e neoplasias.
No membro inferior os local mais comum é a veia safena tanto na coxa como na perna e nos membros superiores nas veia do antebraço. Nos idosos ocorre uma maior exposição das veias pelo afinamento e flacidez da pele possibilitando traumas mais frequentes sobre as veias.
Geralmente esse trombo é absorvido em 7 a 14 dias porém em alguns casos pode permanecer um cordão endurecido mais duradouro sem grandes complicações. Os sintomas são dor e dolorimento na região afetada, vermelhidão e até aumento da temperatura local, sensação de um cordão endurecido e edema local e/ou abaixo da área comprometida.
Após a realização do ultrassom doppler, orientações como medicações anti-inflamatórias via oral e tópicas, calor local e repouso do membro se fazem necessários e, em alguns casos, o uso também de anticoagulantes.
É importante o acompanhamento da evolução dessa patologia uma vez que pode ocorrer a migração de um fragmento desse trombo para veias profundas resultando trombose venosa profunda e/ou embolia pulmonar.